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Justiça bloqueia R$ 2,8 bilhões de suspeitos de fraudar INSS

A estimativa é que até R$ 4 bilhões foram descontados irregularmente
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Renato Ribeiro - Repórter da Rádio Nacional
13/06/2025 - 12:09
Brasília
Brasília (DF), 14/05/2025 - Aposentada Neide Maria, recebeu o aviso no APP meu INSS, que teve desconto associativo nos últimos 5 anos.
A partir desta quarta-feira (14), os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) podem requerer a devolução de valores descontados indevidamente nos últimos anos. O pedido deve ser feito por meio do aplicativo Meu INSS, pelo site de mesmo nome ou pelo telefone 135.
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
© Joédson Alves/Agência Brasil

A Justiça bloqueou R$ 2,8 bilhões de investigados por fraude no INSS. São bens e ativos financeiros de associações, empresas e pessoas físicas envolvidas nos descontos indevidos na folha de aposentados e pensionistas. 

A estimativa é que até R$ 4 bilhões foram cobrados irregularmente. Quase 3,2 milhões beneficiários já informaram ao INSS não ter autorizado os descontos feitos por 43 entidades associativas.  Nos últimos cinco anos, cerca de 9 milhões de aposentados e pensionistas foram cobrados por algum sindicato ou associação.

A Advocacia-Geral da União (AGU) obteve o bloqueio em 15 ações na 7ª Vara Federal do Distrito Federal. O objetivo é que os valores sejam usados para ressarcir as vítimas de descontos ilegais. As ações são contra 12 entidades associativas, seis consultorias, dois escritórios de advocacia e três outras empresas, além de sócios e dirigentes. A juíza federal Luciana Raquel Tolentino decretou ainda a quebra dos sigilos bancário e fiscal, no período entre janeiro de 2019 e março de 2025.

Segundo a Polícia Federal, as entidades foram criadas como empresas de fachada para cometer fraudes por meio de “laranjas”. Nesta semana, o presidente Lula pediu ao STF a suspensão dos processos e das decisões judiciais em todo o país que responsabilizam a União e o INSS pelos descontos indevidos.  Segundo a AGU, o esquema de fraudes, revelado em abril deste ano, agravou a judicialização. Mais de 4 milhões de ações previdenciárias estão na Justiça.

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